EBC - Acessibilidade Web para surdos e cegos

08/09/2012 - EBC - Empresa Brasil de Comunicação S/A.

#Acessaweb debateu como a pessoa com deficiência navega na Internet.

EBC na Rede.

Um bate-papo inédito e inclusivo pôs em discussão, nesta quinta-feira (23), as dificuldades e facilidades disponíveis para fazer com que a pessoa com deficiência navegue pela internet. O hangout (ferramenta de voz e vídeo da rede social Google+) #AcessaWeb reuniu por videoconferência Ana Regina Campello, uma das presidentes da Federação Nacional de Educação e Integração dos SurdosSite Externo., e Marco Antônio Queiroz, que é cego, autor do site Bengala Legal e um dos membros da equipe que desenvolveu o Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (e-mag)Site Externo.. A mediação foi feita pela jornalista da EBC, Carla Maia, que é cadeirante.

A inovação ficou por conta da tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras)Site Externo. para que os deficientes auditivos que só se comunicam por sinais pudessem também acompanhar o debate. Para isso, os intérpretes Mariza Castro, de Brasília, e Claudia Jacob e Johnatas Narciso, do Rio de Janeiro, participaram da transmissão. Os internautas puderam interagir com os entrevistados e também enviar perguntas por meio das redes sociais.

Barreiras.
Criador do site Bengala Legal e internauta desde 1998, o desenvolvedor Marco Antônio de Queiroz, o MAQ, elegeu as imagens e as tabelas como elementos da web que mais dificultam a navegação das pessoas com deficiência visual: “A regra geral da acessibilidade na web para cegos é transformar tudo que é visual em texto”, ensina. O problema das imagens e das tabelas é que elas não podem ser lidas corretamente se não forem inseridas de maneira acessível: “O leitor de texto não entende a imagem. Por isso, o simples fato de ter um texto que explica o que a imagem retrata, já é um facilitador”.

Ana Regina Campello diz que, para pessoas com deficiência auditiva que dominam o português, a falta de legendas em conteúdos audiovisuais ainda é um empecilho para a plena acessibilidade. O problema é mais grave para quem não fala português e se comunica apenas em Libras: “É muito difícil para o surdo que se comunica em Libras obter informação, tirar dúvidas ou requerer serviços”.

Facilitadores.
Entre as tecnologias citadas para ampliar o acesso das pessoas com deficiência visual ou auditiva na internet e aos meios de comunicação, os leitores de tela, a audiodescrição e os programas que permitem a realização de videoconferências foram citados.

MAQ salientou que as versões mais recentes do iPhone, inclusive, já saem de fábrica com leitores de tela que ajudam as pessoas com deficiência visual a usarem os smartphones, o que representa um grande avanço de inclusão digital. Ana Regina contou que o sistema VPAD, que permite a comunicação com uma central de intérpretes de Libras, que repassa a mensagem em português ao ouvinte, dá “autonomia” de comunicação às pessoas com deficiência auditiva.

Redes sociais.
Até mesmo para interagir em redes sociais, os pessoas com deficiência procuram canais adequados. Ana Regina conta que a comunidade surda que se comunica exclusivamente por Libras adotou o Facebook como ponto de encontro preferencial: “O Facebook permite que você grave e coloque vídeos em seu perfil, o que é primordial para a nossa comunicação”.

Já MAQ diz que o grande número de imagens sem descrição dificulta a navegação dos cegos no Facebook. Por outro lado, o Twitter é uma ferramenta mais inclusiva para quem tem este tipo de deficiência, por ser predominantemente textual. “O Twitter, no momento, é a rede mais usada pelas pessoas cegas”, conclui ele, que mantêm um perfil na rede: https://twitter.com/Bengala_LegalSite Externo..

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